quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Dicas para flautistas

O nosso objetivo é falar um pouco sobre tudo o que se refere a Flauta Transversal.

Antes de começar seu estudo, procure estar relaxado fazendo um alongamento do seu corpo, principalmente braços e cabeça. Esse simples ato ajuda a prevenir problemas como torcicolo, DORT (Tendinite), e outros incômodos à sua saúde.
Trataremos aqui dos aspectos técnicos que envolvem a arte de tocar flauta, começando pela respiração, o primeiro passo para se dominar o instrumento. Inicialmente, falaremos sobre seu mecanismo: a respiração se divide em inspiração e expiração. Durante a inspiração, o diafragma puxa o ar para os pulmões. Para se ter uma respiração silenciosa e flexível (mais rápida ou mais lenta), devemos pronunciar a vogal "Ô" como se fosse um bocejo. Assim, abrimos a garganta, abaixamos a língua e o ar passa sem obstáculos, portanto, sem barulho. A língua, além de estar abaixada, deve encostar-se aos dentes inferiores (apenas encostar, sem empurrar; se isso acontecer, haverá muita tensão, ocasionando o fechamento da garganta e, por conseqüência, do som).
Na expiração, usamos os músculos abdominais para expulsar o ar dos pulmões. No controle da velocidade em que ocorre este processo de expulsão, através dos músculos abdominais, reside o controle da dinâmica. Quanto mais ar, mais forte; quanto menos ar, mais piano. Este controle se chama "apoio" ou suporte dos músculos abdominais. Os lábios se incumbem de controlar a velocidade final do ar e, por conseguinte, a afinação.
Para se ter à sensação do mecanismo de inspiração e expiração e do apoio, podemos imitar a respiração ofegante de um cachorro (sempre pensando na vogal Ô). Progressivamente, vai-se aumentando o tempo da inspiração e da expiração, sempre mantendo a garganta aberta, expirando o ar com som de "F” (lábios mais fechados para sentir a resistência do ar sem fechar a garganta), mas com a cavidade bucal bem aberta “Ô” e inspirando o ar como um bocejo, treinando assim a sustentação e o apoio das notas.
Devemos estudar a respiração sem a flauta por uma questão de concentração. Depois de devidamente trabalhado individualmente, transferimos o domínio da respiração para o instrumento.
* Faça também um “alongamento interno” com os exercícios de respiração.
* Expire (pela boca) até retirar todo o ar viciado do organismo;
* Inspire lentamente (pelo nariz) até encher totalmente os pulmões, procure encher sempre à parte “baixa” primeiro;
* Prenda por alguns segundos (três aproximadamente);
* Solte o ar lentamente pela boca. Não deixe escapar de uma só vez. Tente aumentar gradativamente o tempo de expiração. Se quiser, divida essa expiração em três partes, quatro, cinco e assim sucessivamente.
* Descanse um pouco e repita o exercício no máximo cinco vezes. Caso sinta tontura, pare e descanse. Esse sintoma é normal no início.

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